segunda-feira, 6 de março de 2017

Velas que se apagam

Tudo que vc faz aos montes não esconde aquilo que vc perde aos poucos.
Por mais que vc fuja, sempre haverá um monstro a te perseguir, um monstro que vc fez nascer e alimentou.
De que adianta fazer mil velas, se a que importa se apaga?
De que adianta plantar mil alqueires se aquilo que te alimenta morre por abandono?
Temos tantos medos que deixamos de viver, de viver um segundo que seja de felicidade.
Buscamos às sombras, abandonamos a luz, o calor, pra que?
Costumamos abandonas as coisas como se isto facilitasse à caminhada, até descobrirmos que era a bagagem necessária pra chegar onde queríamos.
Por quanto tempo ainda vamos fazer as escolhas fáceis, convenientes? Por quanto tempo vamos criar histórias para nos manter na zona de conforto?
Viver é errar, se temos medo de errar, temos medo de viver, é impossível desassociar.
O problema de manter as mão estendidas à espera de alguém que pegue é que um dia o braço cede ao cansaço, e é preciso seguir, numa caminhada onde dois perdem, dois se entristecem.
Nada que vc faça fica só consigo, sempre seus atos afetarão alguém, mesmo a ausência de atos.
Não acredite que pode de fato inexistir.