segunda-feira, 7 de maio de 2012

Quem sou EU?

Vivemos em sociedade, submetidos a regras, modelos de comportamentos, devemos dar respostas conforme as expectativas gerais, buscamos satisfazer amigos, família, colegas de trabalho e onde ficamos? Onde o verdadeiro EU fica nisto tudo?
De tal maneira nos envolvemos nisto que perdemos nossa essência, perdemos a fluidez do que somos.
Temos respostas na ponta da língua, temos imagens detalhadamente construídas, sabemos num olhar o que os outros esperam de nós, sabemos intervir numa situação já sabendo de seus desdobramentos, somos o mais perfeito personagem da história, de tal maneira que o personagem ganha vida própria, dinamismo próprio mas, e o nosso EU, onde fica?
Quanta coisa deixamos pra trás, de quantas outras abdicamos pra sermos aquilo que a sociedade espera, nosso sucesso realmente depende da adoção de personagens? Será que o que escolhemos como rota pro sucesso realmente é aquilo que desejamos ter?
De tal maneira isto é enraizado, compõe nossa individualidade que fica difícil saber o que é verdadeiro ou falso, nem mesmo a felicidade é segura, afinal, o que realmente nos faz feliz?
Muitos tentam se transformar, mudar, voltar à forma original, mas somos escravos do que nos tornamos, não sabemos viver de outro jeito. Resta reaprender.
Não é uma implosão de tudo, talvez deva ser algo mais suave, mais natural, instintivo, ir deixando a verdade florescer.
Carregamos dentro de nós nossas verdades, nossa bagagem, nossas ferramentas. Costumamos chegar a certa altura da vida e revisar, olhar pra trás, buscar em algum lugar o que realmente somos. Algumas vezes é tarde, caminho sem volta, muito provavelmente pq nos recusamos a lidar com os fatos em outras oportunidades, fomos adiando, outras estamos no momento certo, preciso de virar a chave, seguir em outra direção, voltarmos a ser o que de fato somos.
É nesta hora que percebemos que não estamos sozinhos, percebemos que alguns estão conosco pq enxergaram o EU verdadeiro, pq o EU verdadeiro costuma pedir socorro, costuma deixar migalhas de pão no caminho, costuma estender uma mão em busca de outra que a segure.
Não tenho receita pra este momento, às vezes nos afastamos tanto que a volta é realmente assustadora, mas pequenas mudanças sempre restabelecem algumas verdades, nos revigoram, nos preparam pra algo maior.
Uma coisa é certa, somos mais felizes quando estamos em paz com o que realmente somos.

Um comentário:

Izabel disse...

Eu tb me questiono mtas vezes se o que faço ou escolhi pra mim hoje, é o que realmente me faz feliz...

Penso, questiono, reavalio, tento fazer diferente, melhorar, mudar... mas enfim, tb lamento pelas oportunidades perdidas, tempo passado, coisas que não voltam mais...

Creio que não devemos olhar muito pra trás, a não ser claro, com o intuito de não repetir os mesmos erros... somos seres humanos, falíveis, cheios de defeitos e complexidades e nenhum de nós quer falhar ou sofrer, mas se isto acontece é pq naquele momento era o melhor que podíamos fazer, ou o q éramos capazes...

E concordo tb... as pessoas que enxergam nosso EU verdadeiro realmente são valiosas, e merecem ocupar um lugar especial em nosso coração, bem como as pessoas que enxergamos como valiosas pra nós... mtas vezes por pura simpatia ou empatia, não importa, no fundo sabemos que são seres especiais e de luz...

Beijos!!!