Você já foi vítima dos pequenos pecados? Aquele comentário distraído de um amigo que te magoou, aquela fechada no trânsito sem querer, aquele desprezo inocente da pessoa amada?
É engraçado como viver envolve o risco de errar, erros que nem percebemos, que por algum motivo fere alguém mas nem nos damos conta.
Por vezes provocam reações extremas, radicais, mas a ação que deu origem nem ao menos é perceptível para quem as comete.
Dirigindo nas estradas você vê algumas barbeiragens, típica de distração ou mesmo falta de habilidade, mas que muitas vezes causam acidentes graves.
Fico imaginando quantos acidentes graves são provocados por manobras distraídas de pessoas que chegam em casa satisfeitas com a viagem tranqüila que acabaram de fazer, desconhecendo o estrago que deixaram pelo caminho.
Alguns fatos da vida podem ser assim resumidos, personagens de pequenas manobras distraídas que causam grandes estragos mas que nossa inocência permite manter a paz em nossa cabeça e a consciência tranquila.
De vez em quando um amigo, um colega, uma pessoa da família nos trata diferente e a gente nem desconfia sobre o motivo. No emprego, quantas situações criadas que afetam nosso destino, pelo menos o imediato, por ações inocentes.
Quantas impressões causadas, quantas certezas criadas, quantas convicções desfeitas ou afirmadas por uma frase dita, um gesto rápido, um movimento brusco?
É muito difícil se policiar a esse nível, talvez o melhor a fazer seja compreender quando somos as “vítimas” dos pequenos pecados.
É inevitável que no decorrer da vida se cometa uma série infindável de pequenos pecados, mas eles só se tornam grandes pecados conforme a leitura que se faz.
Talvez seja oportuno perdoar aquela frase dita num momento de estresse, aquele atitude brusca num momento de doença, a percepção de sermos ignorados quando a outra pessoa esta atribulada ou mesmo perdoar aquela distração de quem está cansado.
Isso não justifica, obviamente, gestos e atitudes intencionais, premeditadas, estamos falando de pequenos pecados, os cometidos inocentemente.
Como é usual na justiça, o dolo e a culpa, são coisas distintas, nem sempre temos a intenção de magoar, ferir, desagradar, fazemos isso em pequenos deslizes, imperceptíveis deslizes.
Também não se inclui nesse grupo o deslize freqüente, a brincadeira desagradável e persistente, o gesto grosseiro e repetitivo.
Julgamos o que é habitual e perdoamos o que foge a ele, se assim não agirmos, corremos o risco da injustiça, de cometermos um erro maior do que aquele que condenamos.
Escrever, por exemplo, é sempre assustador, por que você se coloca ao julgo do leitor, nem sempre o leitor é respeitoso ou mesmo bondoso com seus erros, equívocos, deslizes. Muitas vezes ele faz questão de encontrar algum motivo para criticar (dizem que os críticos ficam na posição confortável de criticar justamente por não serem autores de nada que possa confrontá-los).
Conheço tanta gente que deixa de expor o que pensa por medo dos julgamentos, por que sabem que pequenos pecados podem ganhar dimensões elevadas nas mãos dos críticos oportunos.
É, mundo complicado onde temos que nos policiar tanto, onde não podemos contar com a compreensão alheia.
Bom, tentarei fazer minha parte, tentarei me policiar não nos meus gestos, mas na forma que avalio os gestos dos outros. Claro que correrei riscos de, por distração, me exceder em algum julgamento, mas espero que também me perdoem, já anda tão difícil viver, é tão bom se permitir ao menos os erros leves.
Quem sabe seja um começo e os que leram meu texto acabem por perdoar os pequenos deslizes de alguém que tenta passar para as palavras o que pensa?
É engraçado como viver envolve o risco de errar, erros que nem percebemos, que por algum motivo fere alguém mas nem nos damos conta.
Por vezes provocam reações extremas, radicais, mas a ação que deu origem nem ao menos é perceptível para quem as comete.
Dirigindo nas estradas você vê algumas barbeiragens, típica de distração ou mesmo falta de habilidade, mas que muitas vezes causam acidentes graves.
Fico imaginando quantos acidentes graves são provocados por manobras distraídas de pessoas que chegam em casa satisfeitas com a viagem tranqüila que acabaram de fazer, desconhecendo o estrago que deixaram pelo caminho.
Alguns fatos da vida podem ser assim resumidos, personagens de pequenas manobras distraídas que causam grandes estragos mas que nossa inocência permite manter a paz em nossa cabeça e a consciência tranquila.
De vez em quando um amigo, um colega, uma pessoa da família nos trata diferente e a gente nem desconfia sobre o motivo. No emprego, quantas situações criadas que afetam nosso destino, pelo menos o imediato, por ações inocentes.
Quantas impressões causadas, quantas certezas criadas, quantas convicções desfeitas ou afirmadas por uma frase dita, um gesto rápido, um movimento brusco?
É muito difícil se policiar a esse nível, talvez o melhor a fazer seja compreender quando somos as “vítimas” dos pequenos pecados.
É inevitável que no decorrer da vida se cometa uma série infindável de pequenos pecados, mas eles só se tornam grandes pecados conforme a leitura que se faz.
Talvez seja oportuno perdoar aquela frase dita num momento de estresse, aquele atitude brusca num momento de doença, a percepção de sermos ignorados quando a outra pessoa esta atribulada ou mesmo perdoar aquela distração de quem está cansado.
Isso não justifica, obviamente, gestos e atitudes intencionais, premeditadas, estamos falando de pequenos pecados, os cometidos inocentemente.
Como é usual na justiça, o dolo e a culpa, são coisas distintas, nem sempre temos a intenção de magoar, ferir, desagradar, fazemos isso em pequenos deslizes, imperceptíveis deslizes.
Também não se inclui nesse grupo o deslize freqüente, a brincadeira desagradável e persistente, o gesto grosseiro e repetitivo.
Julgamos o que é habitual e perdoamos o que foge a ele, se assim não agirmos, corremos o risco da injustiça, de cometermos um erro maior do que aquele que condenamos.
Escrever, por exemplo, é sempre assustador, por que você se coloca ao julgo do leitor, nem sempre o leitor é respeitoso ou mesmo bondoso com seus erros, equívocos, deslizes. Muitas vezes ele faz questão de encontrar algum motivo para criticar (dizem que os críticos ficam na posição confortável de criticar justamente por não serem autores de nada que possa confrontá-los).
Conheço tanta gente que deixa de expor o que pensa por medo dos julgamentos, por que sabem que pequenos pecados podem ganhar dimensões elevadas nas mãos dos críticos oportunos.
É, mundo complicado onde temos que nos policiar tanto, onde não podemos contar com a compreensão alheia.
Bom, tentarei fazer minha parte, tentarei me policiar não nos meus gestos, mas na forma que avalio os gestos dos outros. Claro que correrei riscos de, por distração, me exceder em algum julgamento, mas espero que também me perdoem, já anda tão difícil viver, é tão bom se permitir ao menos os erros leves.
Quem sabe seja um começo e os que leram meu texto acabem por perdoar os pequenos deslizes de alguém que tenta passar para as palavras o que pensa?
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