Na nossa simplicidade de interpretar as pessoas, classificamos conforme atitudes mais imediatas, mais próximas de nós. Dentro desta classificação, uma pessoa pode ser boa ou má. E ficamos até intrigados quando nem todo mundo compartilha nossos conceitos.
Por vezes visões extremamente opostas se chocam e passamos ora por cruéis no julgamento, ora por condecendente demais.
Mas pq não paramos pra ouvir o outro lado ao invés de manter o conflito?
Ninguém é de todo mal assim como ninguém é de todo bom.
Até nós mesmos temos atitudes de pura maldade e outras de pura bondade.
A questão é qual predomina, certamente algum lado há de predominar, mas situações ou pessoas são capazes de tirar de nós atitudes diferenciadas.
Tb é evidente que algumas pessoas são de uma pureza encantadora, exalam bondade, e outras de uma maldade assustadora, a simples presença já fere.
Mas não são elas que motivam a postagem, é a observação sempre muito interessante de como a bondade pode surgir de pessoas costumeiramente más, assim como a maldade pode aflorar em pessoas especialmente boas.
Se todos fossemos tão extremados, que graça teria? Dividiríamos em grupos: bons pra cá, maus pra lá.
Aprofundando, fica mais interessante observar as excessões, o que motiva o precedente? O que faz que naquele momento algo fuja ao habitual?
Outra coisa muito interessante é como numa deteminada situação a bondade e a maldade se alternam, se convivem, apesar de uma predominar, a outra dosa, estabelece os limites.
O que sugiro é que não fiquemos satisfeitos com imagens prontas, que busquemos as excessões, pq elas existem, e são elas que fazem a raça humana ser tão especial.
Histórias simplesmente mudam de rumo, somos o somatório de nossas experiências, mudamos, evoluindo ou não, contentar só com a foto do momento é de uma falta de graça.
Visto como processo dinâmico, acho pouco razoável julgar, afinal, se somos uma série histórica, o momento jamais representa o todo, e mesmo o que conseguimos alcançar, nem sempre revelará a extensão de alguém, visto que agimos e reagimos conforme o momento e/ou a pessoa, sempre haverá episódios não cobertos.
Mas se não cabe julgar, cabe conhecer, até pra se estabelecer um relacionamento justo, correto e adequado.
Concedemos espaços às pessoas, e este espaço deve ser concedido com base em conhecimento, não em julgamentos superficiais.
De qualquer maneira, pode ser muito interessante não se contentar com a superfice e se aprofundar no "outro", certamente sairemos ganhando.
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