segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Parece que foi ontem...

Quando a internet surgiu, era tudo a cabo, vc tinha que escolher entre telefone e internet, tinha os melhores horários, não haviam portais, praticamente tudo se resumia a bate papo, pra baixar música levava coisa de mês, um grande HD era menor do que um pendrive de hoje, mas podia usar disquete e CD regravável (um tempinho depois), e fazia malabarismo com arquivos "grandes" tipo fotos.
Tinha até tema musical: o som da discagem.
Logo começaram os portais, ler notícia na tela do computador, mesmo que demorasse pra carregar toda página, veio o Orkut que era um upgrade em relação ao ICQ, MSN e salas de bate papo. Orlut, a primeira vitrine virtual, no começo, de idéias, depois...
Logo os blogs se popularizaram, mandar piadinhas e correntes por e-mail, ficar feliz quando subia a janelinha do contato do MSN...
Começava o tempo da banda larga... Smartphone... Da onipresença virtual...
Se no começo de tudo  éramos personagens, loiros de olhos azuis, logo começamos a nos expor, idéias, pensamentos, curiosidades, verdades, mentiras... Até tudo descambar pra troca de insultos.
E o caminho de volta começava, agora do virtual pro real, desfazendo amizades, estimulando conflitos, fobias de todo tipo, nosso pior ganhou forma.
E tudo no mesmo espaço, pq cada um dos avanços da internet mencionados acima, migrou de alguma forma pro Facebook.
Blogs agora são textões, notícias são links e postagens (verdadeiras ou não), bate papo, álbuns de foto, músicas, piadas, correntes, estado civil, estado de humor...
Uma bolha que te expõe ao todo, ao completo.
Ao invés de se expandir, tudo acabou dentro de uma rede social.
Twitter, Zap, Instagram... Textos curtos, rápidos, instantâneos como os próprios nomes sugerem.
Antigamente, pra fazer uma foto, se perdia um tempo pra todo mundo ficar na pose certa, enquadrado, agora uma pose e sorriso saem num segundo, mesmo a menina emburrada e acabrunhada consegue em milésimos de segundo fazer a pose padrão de selfie.
Legal como nos tornamos reféns dos outros, da imagem que vendemos aos outros...
Prefiro continuar sendo um homem da caverna, eventualmente postando aqui... Meus textões... Se bem que tem os adeptos do vinil, da máquina de escrever... Só não da fotografia de filme pq quase não existem laboratórios.
Bons tempos... Saudosismo do que foi ontem...

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