Estou num momento de decisão na minha vida, demorei bastante até que eu resolvi abrir o jogo e questionar meu casamento. Minha família parece até de propaganda de margarina, linda pra quem vê. Porém, entre nós, mazelas de gente de verdade. E eu assumi o sintoma, estou sem tesão, entediada, infeliz. Casei muito cedo, tive filhos também cedo. Os filhos estão crescidos. Hoje, ainda jovem, necessito viver outras possibilidades. Olho para o futuro e definitivamente não quero fazer bodas, nem aposentar meus desejos.
Parafraseando Drummond, “E agora José?”. Agora, levantei uma questão que me causava incômodo há tempos, a falta de amor e desejo. Incômodo que muitas vezes tentei resolver com paliativos e que no final me fazia sentir usada e triste. Um vício que trouxe a minha vida só infelicidade e baixa auto-estima. Mas, confesso que de certa forma sustentou a relação. Já li em algum lugar sobre a função social do/a amante, que é “sustentar” as famílias. Nossa! Assunto pra intermináveis discussões.
O que importa hoje é o seguinte, mudei. Não quero mais esta opção de fingir que está tudo bem e resolver os problemas com “jeitinho”. Como meu Senhor diz, a pedra foi lançada no lago. Falei e disse da minha angústia, levando a instabilidade à relação e à vida de pessoas importantes demais pra mim, que são meus filhos. Abri um caminho, sigo em frente ou recuo. Seguindo ou recuando não seremos os mesmos. As ondas virão. Terei que fazer escolhas difíceis e dolorosas. Acredito nas escolhas, mas acredito também que a vida é surpreendente e existem tramas que não estão no nosso pretenso roteiro.
Eis o risco inevitável... viver!! E como somos frágeis diante da vida!!
Relatos de um observador e atento ouvinte. Conversas geram reflexão, reflexão gera aprendizado, aprendizado se dissemina.
quarta-feira, 11 de julho de 2007
Uma história real.
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