terça-feira, 17 de julho de 2007

O Amor e Cobertores

Definir o amor é mesmo impossível, a humanidade vem tentando a séculos e nem somando tudo que já se disse e escreveu chegaríamos perto de ter sucesso. Tanto é assim que falar sobre o amor sempre provoca discussões, entendimentos diversos.
Talvez por que amor não deva ser discutido e sim sentido.

Eu fiz um comentário sobre a história de uma menina, aqui nesse blog, uma história que copiei, a partir desse comentário surgiram algumas reflexões, por exemplo: o que é o amor certo e o errado?
Primeira constatação, amor é amor, ele sempre é bom, positivo e nos faz bem. Então, porque diferenciar em amor certo e errado?
Eu encontrei em uma simples definição, o amor é como um cobertor, se a gente escolhe o cobertor errado, sempre ficará algo de fora ou coberto demais causando desconforto, insatisfação, amor também é assim, existem vários tipos de amor que cabem a cada relacionamento, pegar um amor e troca-lo de lugar assim como fazemos com um cobertor, pode dar errado.
Muitas vezes por carência, insegurança e até preguiça é o que fazemos, partindo do pressuposto que é amor e isso basta, investimos todas as nossas fichas ali, mas além de injusto conosco é ainda mais com o outro, por que ao conduzirmos assim nossa decisão, afetamos também a expectativa do outro.
Algumas vezes justificamos que o amor ainda vai crescer, ganhar a forma imaginada, que basta dar tempo ao tempo que o amor certo vai surgir, mas logo percebemos que não, que ele continua sendo o amor errado.
Não se força o amor a ser algo que ele não é, todo amor que sofreu transformação seguiu um processo natural, muitas vezes sem que percebêssemos, muitas vezes até contra nossa vontade, amor não cabe em linha de produção, em máquinas de manufatura, numa ponta colocamos o amor errado, na outra ele surge reluzente na forma de amor certo.
O amor é justamente difícil de definir por que segue rumos próprios, naturais, devemos sim respeita-lo, deixa-lo acontecer, aceitarmos e sermos felizes.
Outro modo de amar errado é quando acatamos o que o software cultural e social nos impõe, quando passamos a acreditar que o verdadeiro amor não existe, quando aceitamos como verdade que o amor que temos basta, que não conseguiremos amor maior.
Quando por carência, acomodação ou insegurança aceitamos o que vem ou o que nos induzem a acreditar, deixando de buscar o que realmente nos fará felizes.
Não é possível catalogar o amor, mas é possível vivê-lo de maneira intensa, busca-lo incansavelmente, jamais perdendo as esperanças de encontrá-lo, por mais que tentem nos prender em regras, devemos nos rebelar e aceitar que ele não se dimensiona, não cabe em embalagens.
Não é possível que continuemos escolhendo para nossas vidas cobertores que não nos servem, devemos acreditar que encontraremos o cobertor certo, devemos deixar as coisas acontecerem naturalmente, sem tentar adestrar o amor, acomodá-lo numa definição cabível em nossas vidas, devemos sempre ter a certeza de que cedo ou tarde encontraremos nosso cobertor, que nos protegerá do frio, que nos aquecerá, que nos envolverá e abrigará, com o qual vamos finalmente nos sentir amados(as) e completos(as).

4 comentários:

Luna. disse...

Ah o amor...
Falar de amor é bom. Na minha opinião apaixonada, amor é amor. Quando ele vem de verdade, nos arrebata e não tem como fugir. O sentimento vem, se instala e pronto, é uma avalanche d emoções. Como tudo na vida, no início tudo são flores, a pessoa amada naquele momento é perfeita, até os defeitinhos são sedutores. Depois com o tempo e a convivência o amor vai ganhando outros contornos, que dependendo da habilidade de cada um, cresce ou definha. Não quero de forma alguma com isso, passar uma opinião pessimista do amor. Não mesmo. Acredito sim no amor. Penso que ele não tem explicações... " Amor é dado de graça, é semeado ao vento, na cachoeira, no eclipse. Amor foge a dicionários e a regulamentos vários... Amor não se troca... Por que amor é amor a nada, feliz e forte em si mesmo..."
Drummond devia estar apaixonado ao escrever estes versos.rs

Psique disse...

Fico vendo e ouvindo mil conselhos qd o assunto é o amor, como se isso desse algum resultado.
O AMOR não tem regras,moldes, fórmulas...É diferente para cada pessoa, é diferente para cada época, é diferente para cada lugar... O amor é feito pra ser sentido e unicamente vivido por quem o sente.O que é amor para você pode não ser amor para mim. O que julgo certo pode ser o seu errado... O cobertor que "aceito" pode ser o que vc recusa...
Sempre me entrego ao amor. Por mais medo que ele me cause, mesmo tendo sofrido várias vezes por causa dele. Não deixo de me entregar a este sentimento.
Nasci para amar, e sempre amo da maneira mais plena e sincera que posso, msm quando não sou correspondida como gostaria.
Se é a maneira certa de amar? Se é o amor verdadeiro que sempre sonhei? Não sei..Mas tbm não interessa...Se soubesse com certeza perderia um pouco do brilho...rss

Um observador disse...

Como eu disse, amor não tem fórmulas, não cabe em embalagens.
Concordo com tudo que vc disse Psique. Quanto aos cobertores, certamente haverá um que te cobrirá por inteiro.

Anônimo disse...

Amor.
Nada Importa.
Passado, conselhos, observação, teorias. A humanidade já nos deixou um imenso legado sobre esse tema, portanto não é algo que possamos aprender, entender talvez (não perco essa esperança), mais... Nada Importa.
Vai ser sempre diferente, especial, infinito...
Nada Importa.